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História da FSAE Brasil
A Fórmula SAE teve início nos Estados Unidos em 1981, substituindo uma competição anterior chamada Mini-Indy. Na época, a mudança foi alavancada pela carência de engenheiros especializados em veículos de alta performance. Havia grande interesse por parte das três grandes montadoras americanas, General Motors, Ford e Chrysler, que viram nessa competição uma oportunidade única de garimpar novos engenheiros para suas equipes. Esse apoio se fortaleceu com o tempo e as empresas ficaram plenamente satisfeitas com os estudantes que eram contratados. Com o passar dos anos, diversas empresas se uniram às Três Grandes e, além de contratar alunos, ainda desenvolveram produtos específicos para a Fórmula SAE.
O Brasil ingressou no circuito em 2004, com o objetivo de fomentar nos estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia a especialização técnica em veículos de alto desempenho, de acordo com as regras definidas pela SAE Internacional. As competições hoje são consideradas as maiores competição universitária do mundo, com eventos anuais em diversos países, com destaque para Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Hungria, Áustria, Reino Unido, Espanha, Austrália, Japão e Índia.
Os registros sobre a competição nacional de Fórmula SAE são escassos. Pesquisar a respeito dos primeiros anos da competição no Brasil é um processo que beira o jornalismo investigativo. Mesmo o site oficial, mantido pela SAE, só possui as classificações oficiais a partir do ano de 2010. Apesar da primeira edição do evento ter ocorrido em 2004, poucas são as fotos e vídeos referente à primeira década de existência da competição que ainda são encontradas na internet. Felizmente, o crescimento no número de equipes, a popularização de redes sociais (como o instagram) e a popularização de smartphones parece ter contribuído para que o evento tenha sido cada vez mais documentado nos últimos anos.
Uma pesquisa por ordem cronológica no Youtube retorna a seguinte filmagem como primeiro registro em vídeo da competição brasileira, já na sua terceira edição:
Felizmente, ainda é possível encontrar informações sobre as primeiras competições através dos arquivos mantidos pelas equipes que participam desde o princípio da Fórmula SAE Brasil.
A primeira edição teve como campeã a equipe Fórmula EESC-USP e aconteceu durante o congresso da SAE Brasil de 2004. De acordo com os registros da equipe, o carro tinha como características principais:
Motor de CBR600 com 60cv a 9000rpm
Chassi tubular
Peso total de 300 kg
0 a 100km/h em a 4,62 segundos.
Foi o carro que marcou o início do Fórmula SAE Brasil.
O início da categoria elétrica - como tudo começou
Em 2009, durante o Congresso SAE, houve a primeira aproximação da SAE Brasil com o conceito de monopostos híbridos. Isso despertou o interesse da organização em implementar uma nova categoria no Brasil, que eventualmente também teria inicio nos EUA e na Europa em 2013 - a competição de fórmulas elétricos.
Juntamente com as Universidades interessadas e apoio de empresas, foi realizado o desenvolvimento de projetos para que fosse possível ter um primeiro carro elétrico no Brasil em 2011 e posteriormente uma competição com pelo menos 5 carros em 2012, antes mesmo das competições internacionais da SAE.
O primeiro monoposto elétrico foi desenvolvido pela equipe Fórmula FEI em 2011, inaugurando a categoria. Contava com um powertrain que era alimentado por 1.400 bateria de íons de lítio, de celular, que geravam 200 V e proporcionam autonomia de até 30 minutos.
Após apresentação do veículo na 13ª competição de Fórmula SAE, em 2012, deu-se início a essa nova categoria, incentivando ainda mais outras equipes e universidades desenvolverem seus protótipos para a próxima competição que já contaria com a categoria elétrica. Essa demonstração do primeiro fórmula elétrico também abriu portas para mais empresas apoiarem os projetos das universidades. Com esse apoio quatro equipes participaram da primeira competição em 2012:
A Unicamp e-Racing se tornou campeã da primeira competição da categoria no Brasil. Com um grande apoio do Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas, realizou o desenvolvimento de um projeto que era à frente de qualquer expectativa de um primeiro projeto da equipe, o motor era o melhor encontrado no mercado na época. Projetado e fabricado pela empresa britânica YASA Motors, pesava apenas 25 kg, com potência máxima de 134 hp e torque de 750 Nm.
A rotação máxima de 2 000 rpm somada à entrega instantânea de torque, característica dos motores elétricos, dispensava o uso de uma transmissão convencional, garantindo a simplicidade desejada inicialmente. O motor era tão inovador que, para a sua aquisição, foi necessária a assinatura de um termo de confidencialidade entre a Equipe Unicamp E-Racing, o Instituto de Pesquisas Eldorado e a YASA Motors.
Com esse resultado na competição brasileira, a equipe se classificou para também a primeira competição de Fórmula SAE Elétrico dos Estados Unidos, que foi realizada na cidade de Lincoln, no estado do Nebraska. Com muito esforço dos membros da equipe e vários ajustes no carro de 2012, a equipe brasileira também fez história mais uma vez, conquistando o 1° lugar geral na competição internacional.
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O Brasil ingressou no circuito em 2004, com o objetivo de fomentar nos estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia a especialização técnica em veículos de alto desempenho, de acordo com as regras definidas pela SAE Internacional. As competições hoje são consideradas as maiores competição universitária do mundo, com eventos anuais em diversos países, com destaque para Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Hungria, Áustria, Reino Unido, Espanha, Austrália, Japão e Índia.
Os registros sobre a competição nacional de Fórmula SAE são escassos. Pesquisar a respeito dos primeiros anos da competição no Brasil é um processo que beira o jornalismo investigativo. Mesmo o site oficial, mantido pela SAE, só possui as classificações oficiais a partir do ano de 2010. Apesar da primeira edição do evento ter ocorrido em 2004, poucas são as fotos e vídeos referente à primeira década de existência da competição que ainda são encontradas na internet. Felizmente, o crescimento no número de equipes, a popularização de redes sociais (como o instagram) e a popularização de smartphones parece ter contribuído para que o evento tenha sido cada vez mais documentado nos últimos anos.
Uma pesquisa por ordem cronológica no Youtube retorna a seguinte filmagem como primeiro registro em vídeo da competição brasileira, já na sua terceira edição:
Felizmente, ainda é possível encontrar informações sobre as primeiras competições através dos arquivos mantidos pelas equipes que participam desde o princípio da Fórmula SAE Brasil.
A primeira edição teve como campeã a equipe Fórmula EESC-USP e aconteceu durante o congresso da SAE Brasil de 2004. De acordo com os registros da equipe, o carro tinha como características principais:
Motor de CBR600 com 60cv a 9000rpm
Chassi tubular
Peso total de 300 kg
0 a 100km/h em a 4,62 segundos.
Foi o carro que marcou o início do Fórmula SAE Brasil.
O início da categoria elétrica - como tudo começou
Em 2009, durante o Congresso SAE, houve a primeira aproximação da SAE Brasil com o conceito de monopostos híbridos. Isso despertou o interesse da organização em implementar uma nova categoria no Brasil, que eventualmente também teria inicio nos EUA e na Europa em 2013 - a competição de fórmulas elétricos.
Juntamente com as Universidades interessadas e apoio de empresas, foi realizado o desenvolvimento de projetos para que fosse possível ter um primeiro carro elétrico no Brasil em 2011 e posteriormente uma competição com pelo menos 5 carros em 2012, antes mesmo das competições internacionais da SAE.
O primeiro monoposto elétrico foi desenvolvido pela equipe Fórmula FEI em 2011, inaugurando a categoria. Contava com um powertrain que era alimentado por 1.400 bateria de íons de lítio, de celular, que geravam 200 V e proporcionam autonomia de até 30 minutos.
Após apresentação do veículo na 13ª competição de Fórmula SAE, em 2012, deu-se início a essa nova categoria, incentivando ainda mais outras equipes e universidades desenvolverem seus protótipos para a próxima competição que já contaria com a categoria elétrica. Essa demonstração do primeiro fórmula elétrico também abriu portas para mais empresas apoiarem os projetos das universidades. Com esse apoio quatro equipes participaram da primeira competição em 2012:
- B'ENERGY - FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA
- CHEETAH RACING - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBA
- FORMULA FEI ELETRICO - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
- UNICAMP E-RACING - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
A Unicamp e-Racing se tornou campeã da primeira competição da categoria no Brasil. Com um grande apoio do Instituto de Pesquisas Eldorado, de Campinas, realizou o desenvolvimento de um projeto que era à frente de qualquer expectativa de um primeiro projeto da equipe, o motor era o melhor encontrado no mercado na época. Projetado e fabricado pela empresa britânica YASA Motors, pesava apenas 25 kg, com potência máxima de 134 hp e torque de 750 Nm.
A rotação máxima de 2 000 rpm somada à entrega instantânea de torque, característica dos motores elétricos, dispensava o uso de uma transmissão convencional, garantindo a simplicidade desejada inicialmente. O motor era tão inovador que, para a sua aquisição, foi necessária a assinatura de um termo de confidencialidade entre a Equipe Unicamp E-Racing, o Instituto de Pesquisas Eldorado e a YASA Motors.
Com esse resultado na competição brasileira, a equipe se classificou para também a primeira competição de Fórmula SAE Elétrico dos Estados Unidos, que foi realizada na cidade de Lincoln, no estado do Nebraska. Com muito esforço dos membros da equipe e vários ajustes no carro de 2012, a equipe brasileira também fez história mais uma vez, conquistando o 1° lugar geral na competição internacional.
Desde seu início as competições de Fórmula SAE Brasil apresentaram e fizeram parte da formação de excelentes profissionais da engenharia brasileira. Esse artigo tenta trazer um pouco do começo da história dessa competição que cresce a cada edição.